terça-feira, 16 de outubro de 2018

Tênis de Bexiga

Crianças são engraçadas. Ainda estão desenvolvendo coordenação motora, noção espacial e se movimentam de forma desengonçada. 

Dei muitas risadas durante este jogo com Zoé. 

Mas antes do jogo propriamente dito, confeccionamos nossas 'raquetes' (sempre com material que eu já tinha em casa).

- 2 pratos descartáveis de papel (que sobraram do chá de bebê de Zoé!!!);
- giz de cera;
- palitos de madeira (hashi) 
- durex;
- bexiga.

Cada uma de nós customizou sua própria raquete e depois grudamos os palitos com durex.

Zion também customizou a própria raquete



Enchemos a bexiga e pronto, foi só diversão durante o jogo de tênis mais desengonçado da história.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Botões no cofrinho

Brincadeira super simples e muito querida por aqui.
Usei materiais que eu já tinha em casa:

- 1 cofrinho;
- botões coloridos (de um colar que quebrou);
- pote para guardar os botões depois da atividade.

Apesar das peças pequenas, esse 'jogo' fica a disposição das crianças. Zoé (4 anos) já sabe abrir o potinho onde os botões são guardados e Zion (desde os 9 meses) me entrega o pote para eu abrir quando ele quer brincar (não coloca mais os botões na boca).

Este jogo estimula o movimento de pinça, coordenação motora e ainda tem a questão sensorial (o prazer de ouvir o som que o botão faz ao cair dentro do cofre).

domingo, 14 de outubro de 2018

Enigmas da Vida

Diversos questionamentos rondam minha mente.
Desde 'o que fazer para o almoço?' até 'será que minha missão nessa vida é ser mãe?'
Bem assim mesmo. Na minha cabeça todas as questões corriqueiras estão 'no mesmo balaio' que dúvidas existenciais. E quando trata-se de maternidade, dúvida é o que temos de sobra. 

Não preciso fazer uma lista dos questionamentos, eles estão aí na sua cabeça também, eu sei que você carrega consigo um bocado de perguntas sem respostas.

Contei pro Alexandre que estou passando (novamente) por um período de (depressão e ansiedade) dúvidas, questionamentos e que talvez eu esteja fazendo as 'perguntas erradas'. Ele sorriu de forma acolhedora e me mandou procurar 'A Esfinge' de Laerte







Muitas vezes quando finalmente a pergunta certa é feita, já não importa a resposta...

O que te consome?

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Tudo passa...

Folhas de eucalipto, pinha e amoras
Zoé está interessada por Botânica.
Caminha pelas ruas com os olhos bem atentos, observando as árvores, perguntando o nome de cada uma, reconhece algumas espécies e as vezes conversa com elas:

- Bom dia, Dona Árvore!

- Oi, Dona Árvore, que folhas bonitas você tem. Logo vai chegar o Inverno e você vai ficar pelada! (gargalhadas).

- Olha que Coqueiro Maluquinho!

- A primavera chegou, acorda Dona Flor!

Recentemente, ao pegá-la na escola, ela veio recolhendo diversas folhas, flores e frutas. Acabou que o trajeto de volta para casa levou 1 hora. 
Foi divertido. Foi sensível e enriquecedor. 
Foi uma viagem no tempo...

A exatamente 1 ano atrás, o trajeto da escola pra casa também levava 1 hora. 
Não era porque brincávamos e contemplávamos a natureza. 
Era porque Zoé começou a apresentar episódios de ansiedade e regressão de marcos de desenvolvimento. Ela ainda não falava e as tentativas de nos comunicar eram caóticas. 
Por vezes ela travava, não andava mais. Na época eu já estava com um barrigão gigantesco e não conseguia carregá-la no colo. Sem entender o conflito que ela enfrentava, sem saber como ajudar, sentava na calçada e esperava. Esperava ela se acalmar. Esperava conseguir entender o que se passava.
Foram dias extremamente difíceis. Dias que eu chegava em casa e me trancava no banheiro para chorar. Tempos de caos que pareciam não ter fim. Foram dias em que identificamos diversas características do TEA nela e procuramos ajuda profissional. Dias que passaram, e se alguém me dissesse que passariam eu não acreditaria.
Os dias passaram as custas de terapias, estudo, adaptação, adequação de rotina, companheirismo, choro. Mas passaram.

Veja bem a esperança que carrego comigo. Meus olhos e ouvidos presenciam o milagre da perseverança. Hoje essa 1 hora de percurso foi tranquila, ouvindo a voz de uma menina que a 1 ano atrás não falava.

Engrosso o caldo dos que resistem diante dos dilemas políticos e das incertezas que nos rondam. Resistimos diante do facismo e da opressão. Eles passarão. (Eu passarinho...)

Sobre Zoé, os dias de passeios e conversas amenas com árvores também passarão. Mas ainda não...

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Leia Para Uma Criança


“a literatura infantil é fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao mundo” (Cagneti)

Criada em 2010, a iniciativa 'Leia Para Uma Criança' já distribuiu cerca de 51 milhões de livros infantis (entre eles 12 mil em braile e com fonte expandida para pessoas com deficiência visual). 

Apesar da participação de pais, mães e responsáveis ser fundamental no desenvolvimento das crianças, não é incomum encontrar pessoas que não sabem como estimulá-las. Por isso, o programa incentiva, por meio da leitura de histórias, a ampliação do repertório cultural das crianças e incentiva a convivência familiar e o fortalecimento de laços com os pequenos. 

Desde o nascimento, as crianças precisam de pessoas que leiam para elas para se familiarizarem com a linguagem. Os livros trazem muitos estímulos para o desenvolvimento, através dos personagens, emoções da história e ilustrações.

No Brasil, a Literatura Infantil chega com as adaptações de textos europeus e só a partir de 1922, Monteiro Lobato surge no universo das crianças; entre suas obras mais conhecidas estão: Sítio do Pica-Pau Amarelo, A chave do Tamanho, O Saci e As Fábulas do Marquês de Rabicó. 

Hoje a produção e acesso a literatura infantil tem se popularizado através de bibliotecas públicas, feiras de trocas de livros e iniciativas como esta, da Fundação Itaú.

Ler para uma criança estimula a aquisição de linguagem, ampliação de vocabulário, interpretação de texto, prazer na solitude e silêncio, tempo de qualidade entre adulto e criança, e um colinho gostoso (quem não gosta?).

Você pode fazer o pedido dos livros AQUI.

E em tempos de famílias conectadas o tempo todo e (infelizmente) crianças que já manipulam o celular desde muito cedo, há uma versão online, o KidsBook, onde você pode encontrar alguns títulos digitais para LER COM SUA CRIANÇA onde estiver, ao invés de deixá-la no looping infinito de vídeos do YouTube.

Boa leitura.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

A Caixa Mágica

Já começo dizendo que é apenas uma caixa de papelão. A mágica está no olhar das crianças.

Carimbos, giz de cera, hidrocor e eles passaram a manhã INTEIRA confeccionando um carro.

É simples. 
É divertido. 
É deixar a criatividade fluir. 
É uma deliciosa lembrança destes pequenos. 


A vantagem é que dá pra desmontar, guardar atrás do sofá e resgatar a brincadeira de tempos em tempos. É sempre uma diversão ver o rostinho de Zoé falando que vai participar de uma corrida de carros.

Dê uma caixa na mão da tua criança e observe a mágica acontecer.

sábado, 6 de outubro de 2018

Indicação de livro infantil: A Primavera da Lagarta




A duas semanas teve início a primavera. 
Por aqui foi muito esperada e celebrada. Como que por 'acaso' encontrei este livro e trouxe, certa de que seria sucesso. E foi.

De forma bem humorada, Ruth Rocha, apresenta diversos insetos que moram na floresta e estão caçando a lagarta, feiosa e comilona. 
Marilda Castanha ilustra o livro com muitas cores, dignas de primavera.

A história ensina sobre a beleza presente nos ciclos da vida e paciência.
Vale a leitura.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Celebrando a Primavera

Crianças naturalmente gostam (e precisam) de ordem, rotina.
Por aqui notamos que por mais organizada que fosse a rotina diária de Zoé, a incerteza quanto ao tempo (dias, semanas, meses) a deixava ansiosa.
A previsibilidade gera um imenso conforto para a criança, pois possibilita a sensação de certeza e a sensação de domínio sobre a vida e o mundo, que é muito importante para o desenvolvimento da personalidade, especialmente no que diz respeito à auto-estima e auto-confiança. (Ordem em Família III: Rotina e Ritual - Lar Montessori)
Pensando em oferecer segurança e previsibilidade, confeccionei um calendário mensal, onde Zoé pode acompanhar as atividades (balé, terapias, passeios) e os eventos naturais (mudanças de estação, fases da lua). 

Aproveitei o interesse dela por árvores, folhas e flores e conversamos sobre a chegada da Primavera e como isso afetaria o clima, os ciclos das plantas e de alguns animais. 

Saímos para um passeio (eu, ela e Zion) no sábado pela manhã. Caminhamos pelo bairro observando as árvores, colhendo folhas e flores caídas, conversando sobre cores das flores, espécies diferentes e formatos das folhas. Foi um tempo muito gostoso.
Em casa pegamos um pedaço de contact transparente e colamos o que colhemos. Depois colamos o contact na janela do quarto deles. 
Fizemos nosso vitral de primavera. 
Foi sucesso e ela mostra pra todos que vem nos visitar, explicando o nome de cada espécie alí representada.




Os ciclos da natureza também influenciam diretamente os nossos ciclos pessoais e internos. 

Desejo sensibilidade no olhar dos meus filhos, para valorizar a chegada da primavera e para reconhecer o florescer deles a cada novo dia primaveril.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Bolo de Banana com Paçoca

- 2 bananas amassadas
- 2 paçocas esfareladas
- 3 xícaras de farinha de trigo
- 1 xícara de açúcar
- 1/2 xícara de óleo
- 2 xícaras de água (ou leite vegetal de sua preferência)
- 1 colher de sopa de fermento em pó

Misture os ingredientes mexendo delicadamente e despeje numa forma previamente untada. 

Corte 4 bananas em rodelas e coloque por cima da massa que está na forma.

Esfarele 4 paçocas por cima das bananas e leve ao forno.

Ficará pronto entre 30 - 40 minutos, dependendo da potencia do teu forno.




terça-feira, 2 de outubro de 2018

As mulheres que tentei ser

Já tentei ser a mulher que tem a casa impecavelmente limpa. 
Aquela que já levanta organizando, limpando chão, com pia sempre desocupada, refeições planejadas sempre nutritivas e frescas, roupas lavadas e passadas, casa com aquele cheiro de limpeza, crianças arrumadas. Até conseguí, por um tempo. Mas eu sempre estava descabelada, com sobrancelha por fazer, unhas em péssimo estado, dores nas costas e joelhos, ansiosa sempre pensando no que eu poderia fazer para que a casa se mantivesse perfeita. 

Já tentei ser a mulher que está sempre arrumada, cheirosa e disposta a me relacionar com meu marido com uma frequência maior, dessas que programam (mentalmente) dias especiais de namoro durante a semana. Mas o tempo investido na limpeza da casa me deixava exausta, mau humorada e quando 'o dia agendado para o namoro' chegava eu fazia a egípcia e fingia que não era comigo.

Já tentei ser a mãe que tem uma paciência infinita com os filhos, que nunca levanta a voz, que não critica e que brinca com as crianças sempre. Mas tem dias que a paciência está no limite, a cabeça dói, as crianças adoecem, eu adoeço, tudo desanda e acabo chamando minha filha de chata ou sendo chamada de chata por ela.

Já tentei ser a esposa que nunca reclama, que escuta, que não se aborrece com nada, que não pede nada. Mas esse peso de querer ser perfeita e objeto de devoção me sufoca e me afasta cada vez mais do meu marido, que também tem direito de reclamar, que as vezes não quer ouvir ou falar, que se aborrece e que me pede massagem.

Já tentei ser a amiga/filha/irmã que está sempre disponível para tudo e todos. Dessas que, não importa a hora ou o momento, corre para ajudar de todas as formas possíveis. Só que essa versão de mim acabava por negligenciar os filhos, o marido, a mim mesma. 

Tentei ser uma mulher (aparentemente) independente, forte, empreendedora, de 'sucesso'. Só que não sou boa administradora, sou péssima com finanças e sou extremamente dependente. Emocionalmente dependo muito de aprovação e aceitação dos que me rodeiam. 

Já tentei ser uma mulher fitness. Que faz exercícios (em casa ou fora de casa), que corta o açúcar da alimentação, que bebe muita água. Mas tem dias que a correria com a casa é tanta que esqueço de beber água (e de fazer xixi). Também tem aqueles dias em que a ansiedade bate e tudo que quero é uma 'bomba de açúcar'.

Já tentei ser a filha/mãe/esposa/amiga/profissional/mulher que EU ACHAVA que os outros esperavam que eu fosse. 
Já tentei ser 'a mulher virtuosa' que a Bíblia fala.
Já tentei ser a Mulher Maravilha.

A única coisa que não tentei foi ser eu mesma. Pelo menos até pouco tempo. 

Cheguei aos 30 acolhendo minhas limitações, meus defeitos e qualidades.
Antes de acolher, precisei enxergar, reconhecer, admitir. Colocar em prática um olhar empático e uma comunicação não violenta comigo. Entender que não sou uma característica isolada. 
Tenho problemas com a ira. Mas a ira não é quem eu sou. Também sou extremamente carinhosa e uma coisa não anula a outra. 
Agora tento o equilíbrio e isso dói.

Planejei o serviço doméstico dividindo as tarefas no decorrer da semana para não sobrecarregar. Organizo e congelo alimentos para facilitar o preparo das refeições. De ontem pra hoje a louça 'dormiu' na pia, para ser lavada. Tem dias que jantamos pão/pizza e tudo bem. As vezes as crianças estão descabeladas porque viver e brincar descabela mesmo. Tem dias que os narizes estão escorrendo e é vida que segue.

Nunca fui um modelo de vaidade. Mas hoje não deito na cama sem antes tomar um banho e passar o meu hidratante preferido, para mim. Não planejo o sexo. Busco com mais frequência um toque, um abraço, um beijo e um cafuné.

Os dias não tão fáceis com as crianças não são eternos, tem um fim. E enquanto não terminam eu lhes digo como me sinto e acolho o sentimento deles. Estou alí com eles, entrego meu tempo e minha atenção.

Entendo e valorizo a importância da solitude no casamento. Discordamos e (agora) raramente ficamos sem nos falar. Ofereço e recebo massagem para aliviar as dores do corpo e da alma.

Ainda estou aqui para quem precisar, mas dentro de limites, respeitando o tempo e agenda, minha e da minha família. 

Admito que, por hora, meu maior empreendimento é minha família, em parceria com meu marido. Não é fácil, mas é no que invisto conhecimento, energia, disposição.

Estou tentando ser quem sou e não quem eu acho que os outros esperam que eu seja.

Liberte-se de quem tenta ser. Descubra quem você é.